quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

À FLOR DA PELE

Toco, teço e entrelaço
Com dedos de descobrir
Lanço redes num abraço
À flor da pele me desfaço
Na vertigem de sentir
Tudo é matéria, se é tempo
De epidérmicas razões
Danço num sopro de vento
Rasga-me cada tormento
Gelam, queimam, emoções

E todavia, invisível
Eterno e primordial
Corre o rio do intangível
Imperioso, indefinível
Matriz de tudo, afinal

1 comentário:

Pedro disse...

entrelaço os dedos que toco
tanto que te abraço
quanto sinto em ti o toque
do beijo em ti que faço

vejo e olho o invisível
para lá do que te vejo
sensações sabor a vento
do mar a dois navegado

à praia chegas a areia
que nos envolve
serve de lençol a espuma
no tempo de espaço espasmo

Pedro
inspirei-me com este "à flor da pele", eu digo obrigado