em silêncio
e diz-me
tudo o que só assim sabes dizer
Deixa que eu traduza
no código que inventámos só para nós
que aboliu as palavras
que nunca teve voz
as vagas de ternura que adivinho
o desejo nunca saciado
a paz de sermos sempre complemento
Em silêncio
porque só assim nos entendemos
só assim nos pertencemos
sem os medos
nem as promessas condenadas
de quem usa palavras
porque não sabe falar de outra maneira...
5 comentários:
Ana,
Consigo sentir cada palavra de todos os seus poemas, não é muito usual que isto me aconteça num só, muito menos em todos eles.
Adorei este, como adorei o "Flirt", como adorei "o que eu queria de ti", como adorei "Eternos Rituais", como adorei...
Só me apetece dizer, escreva mais e como até aqui. Não há nada melhor do que ler coisas que nos tocam.
um beijinho
Obrigada, Sum, fico comovida com as suas palavras.
Acho que toda a gente que escreve tem esse desejo, no fundo: tocar os outros, de alguma maneira. Por isso é muito bom saber que cheguei a tocá-la, e que "sentiu" o que eu quis dizer.
Não sei se escreverei mais como até aqui ou não, mas é certo que vou continuar a escrever. Mesmo que não o quisesse fazer, é uma coisa de que preciso mesmo.
Um grande beijinho
O Som do Silêncio!
Cumprimentos.
Ana
Estou "passeando" por aqui e concordo com tudo o que disse Sum.
Gosto de tudo, sem exceção.
Posso voltar?
Amei teu blog.
Claro que pode voltar, Antonia, sempre que quiser e se sentir bem aqui. Gostei muito da visita, obrigada pelas suas palavras.
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